Todos sabemos que as receitas e o hábito de se comer macarrão ( ou pasta) difundiu-se entre nós com as grandes imigrações italianas do final do séc.XIX
O que poucos sabem é que um grande responsável por isto foi o Premiato Pastifício Italiano, mais um “soldado desconhecido” de nossa história gastronômica
Fundado em 1896 pelo comendador Enrico Secchi e seu irmão Roberto, mais tarde juntou-se o terceiro irmão Atílio, na rua Miller( Brás) tinha uma produção limitada com suas poucas máquinas e 20 funcionários entre homens e crianças , produzindo algo como 900 kg por dia, pique mal e mal abastecia o mercado da cidade
Uma mudança em 1904 para um novo prédio de 1.200 m2 na mesma rua esquina com o largo da Concórdia, com as mais modernas máquinas italianas : 3 máquinas horizontais para as massas cortadas ,2 gradmole, uma moderníssima impastatrice e 4 prensas verticais para a fabricação das massas compridas (macarrão). A produção da fábrica foi grandemente aumentada, atingindo nos primeiros meses a fabricação diária de 1.800 a 2.000 quilos de massas de 40 diferentes formatos, com um pessoal de cerca de 30 operários.
Uma nova reforma em 1910, levou o prédio a 2.400m2, 60 diferentes tipos de massa com 40 funcionários, segundo o anuário industrial daquele ano : “O pessoal operário é composto de 40 pessoas, entre homens e crianças, percebendo um ordenado mensal na média de 200 francos os homens e 100 francos as crianças. A produção diária atual é de 5.000 quilogramas de massas, e é vendida diretamente pelos fabricantes em todo o Brasil. Todos os operários estão seguros contra os acidentes do trabalho.”
Se pensarmos em termos dos pacotes de 500g que temos hoje, falamos de 10.000 pacotes de massa ao dia !
O macarrão dos domingos virou uma tradição e uma religião em São Paulo e depois em todo Brasil
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